terça-feira, janeiro 15, 2008

Sobre as amoras.

Ficou gravado na minha mente um dia nublado, quando eu e uns primos (não lembro quem são) fomos brincar na beira de um córrego, na chácara de meus avós paternos. Essa lembrança está de uma forma que por vezes eu penso que foi apenas um sonho.
A brincadeira era de princesa, castelos, cavalos...essas coisas, eu por ser a menor... disso me recordo, fui eleita a princesa. Essa nascente, hoje vendida para uma mineradora, regava um pé enorme de amoras... ele ainda está lá. O corrégo não.
Meus súditos...deveriam me trazer um suco feito com as amoras mais docinhas. Enquanto eu ficava sentada na raiz da árvore, uma prima colheu algumas amoras num copo com água do “meu rio” pegou um pedaço de pau qualquer (afinal bactérias, germes, vermes são seres bem interessantes para uma criança) e as amassou, aquilo virou uma massa meio rosa, meio vinho... isso, era o meu vinho. Eu tomei. Nem sei que gosto tinha aquilo.
Mas hoje quando vejo uma amoreira, é a primeira coisa que me vêm a cabeça... o dia em que fui princesa. Recordação linda, me sinto acariciada. Moro em um lugar onde é difícil encontrar amoras gostosas, então... a primeira coisa que faço quando viajo para minha cidade natal, é ir à chacará dos meus avós e ficar horas catando as frutinhas. Papai plantou um pé-de-jabuticaba, quando eu nasci em homenagem aos meus olhos. Ele tbm ainda está lá. Mas as amoras... são raras pra mim. Dê-me AMORas