quinta-feira, janeiro 24, 2008

O sol despontava, após algumas horas de chuva pela manhã, uma senhorita caminhava elegantemente, com seu grande guarda-chuva preto como se fosse uma bengala, rumo ao terminal rodoviário onde pegaria uma condução pois deveria chegar o mais rápido possível em casa, sua cama lhe mandava vibrações quase que incessantemente. Ao passar por um rapaz, ouviu um gracejo, retribuiu com um enorme desprezo.
Prosseguiu seu caminho, que aquela altura já se tornava interminável, quando sentiu que algo lhe tocava o ombro direito, nem havia virado totalmente o rosto para ver quem era, já havia reconhecido...era o galanteador.
-Oi moça, vc me permite que eu se apresente a vc, moça? disse a figura gaguejando.
com o Se ecoando na alma ela murmurou algo tentando ganhar mais tempo para responder-lhe a altura, então questionou olhando bem pra cara do sujeito com um certo espanto:
-Hã?
-eu posso se apresentar pra vc moça? vc me permite que eu se apresente?
-Tá... fala logo qual é teu nome? (certo grau de irritabilidade)
-caramba vc é bem direta..
-claro, vc pediu pra se apresentar pelo que sei é dizer o nome. Anda, qual é teu nome?
-Josiel e o seu?
-Palloma... só isso? (ela não devia ter perguntado)
- --
quando ela pensava que o rapaz havia desistido e morrendo de vergonha pois a sensação de ser vista naquela situação era constragendora, o garoto não era nada discreto...
-Hei?
-fala!
atrapalhado como sempre...
-se algum dia desses, tipo se eu te chamasse, e se tu...
-hum!
-vc me permitiria, se algum dia desses eu te chamasse pra que a gente saíssemos... tu...
Imaginando os inúmeros lugares onde poderia ser levada, naturalmente respondeu:
-não, não tô afim
-ah, então... mas a gente podia ver, mas eu não ia adivinhar...
-Hã?
-a gente não advinha, né?
-Hã?
-tá!

e cada um seguiu seu caminho...