segunda-feira, abril 20, 2009

Pequenos casos da vida comum 3...

Voltava eu, entretida olhando pro bumbum do meu cachorro... e literalmente pensando na morte da “vaca” quando alguém chama minha atenção. Na verdade, como ando desconfiada após ser assaltada, percebi que um homem me seguia. E homem quando me segue senão for pra encher a paciência é pra me assaltar, já notei.

-Senhora? Eu sou fulano e não tô aqui pra assaltar (sei!) tô aqui pedindo uma ajuda... meu filho foi assassinado e eu tô aqui humildemente com essa guia de enterro {ele me mostra apenas uma parte do papel, onde realmente tem escrito “GUIA DE ENTERRO'} e eu já consegui arrecadar uma parte e queria saber... qualquer ajuda senhora, qualquer ajuda... tamo eu e meu outro filho que viu o irmão ser assassinado na porta da nossa casa...
Olhei em volta, pra ver se achava a criança... vi uma cabeçona sendo equilibrada por duas varetinhas calçando sandálias Havaianas... o garoto ainda era forte, vinha chutando pedrinhas. Vi e me compadeci.
-Senhor, eu só tenho 1 real... serve?
-Que Deus lhe dê em dobro...
Com o coração cheio de ternura e alegria, virei para prosseguir meu caminho... quando ouvi o desnutrido murmurar: SÓ ISSO?

Imediatamente me deu vontade de gritar "MENINO VÁ SE LASCAR E ME DEVOLVE ISSO AQUI!" mas por respeito ao meu cachorro achei melhor ir embora sem entrar na provocação.
é... eu já sabia que não é somente a boa intenção que vale.

é mais ou menos isso que eles fazem quando vc vira as costas.

ô gente obrigada por me visitarem... sei que estou em falta, sei disso. Mas as coisas irão fluir. Beijos. Anotei o nome de todos que casariam cmg, vc estão no meu cadernino =p E realmente a felicidade não é criativa.