terça-feira, janeiro 15, 2008

Ensaio sobre o Ciúmes

“... e duro como a sepultura o ciúmes.”
I Coríntios 8:
6
Sentimento que surge sem se perceber. Creio que há alguma relação com a criação. Quando os pais instigam o instinto competitivo entre os filhos. Um sempre vai se sentir mais querido que o outro.
Essa aflição de não se sentir a altura das expectativas alheias, costuma trazer uma certa paranóia. O medo de perder. E quando essa sensação de impotência para sustentar algo aumenta, faz com que você comece a querer guardar tudo. Dependendo da situação e do que for guardado até vale, algumas pessoas são chamadas de “cuidadosas” por sempre manterem tudo em perfeito estado. Mas quando o desequilibrado começa a querer “guardar” as pessoas, a situação muda. A criatura deixa de ser cuidadosa e vira doente. Maluca. Neurótica. Eu, como metade do mundo considero ser um desequilíbrio. E falo por conhecimento de causa. É como alguma substância tóxica te faz ter alucinações, ver além do natural, imaginar situações. E qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, vira motivo de conspiração.
Confiar nos instintos é válido, na dose correta o ciúme até ajuda mostra que vc se interessa, se importa e quer o outro bem, alegre e saltitante... Egoísta tbm, pq é como se dissesse que não há ninguém melhor que vc, e, ao mesmo tempo no íntimo do ser vc grita por achar (e mts vezes ter ceterza) de que existem pessoas bem mais interessantes. Agir como se o outro fosse um bem é complicado. Existem malucos que gostam de se sentir desejados... Mas na maioria das vezes, as pessoas se sentem sufocadas.
A base de qualquer relacionamento é a confiança... Se vc não confiar no seu potencial, dificilmente irá confiar em outra pessoa. Tudo parte de dentro pra fora, mesmo não conseguindo uma vez, não sendo o melhor sempre, isso não te torna menos interessante (legal, eu devia estar falando isso na frente do espelho)... E assim, como diz na palavra de Deus, o ciúme é duro como a sepultura. Pesado. Não serve pra mt coisa, só esconder o que está podre. Enfim, Como diz uma colega “Nada eleva mais a auto-estima que perder uns quilos”.